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Arquitetos: KAJIMA DESIGN, Kengo Kuma & Associates
- Área: 87433 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Forward Stroke
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Fabricantes: Daiko, FOREST NISHIKAWA, Laticrete, Panasonic, Time & Style, woody world
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Museu de Cultura Kadokawa é um labirinto futurístico e cultural que faz referência a várias oposições binárias surgidas nos tempos modernos, como a cidade e o subúrbio, a alta cultura e a cultura periférica, o tridimensional e o transversal. O lugar, o Musashino Plateau, foi criado a partir da colisão de quadro placas tectônicas que cercam o Japão.
A ideia era usar granito, que é um componente do magna solidificado, na arquitetura. O resultado é uma forma arquitetônica que remete a uma rocha situada em um terreno que demonstra sua paisagem suburbana a partir das vistas das fábricas ao norte, das casas ao sul, e do Parque Higashi Tokorozawa ao leste.
As 20 mil peças de granito usadas para revestir o exterior foram nomeadas de Black Fantasy e extraídas da China. Como resultado se observa fortes sombras onduladas de pontos brancos em um fundo preto. Os arquitetos optaram por uma textura rústica feita a partir da quebra das rochas de 70mm de espessura de forma a fugir do alinhamento das juntas entre as peças. O resultado da fachada traz uma sensação de elementos que são adequados ao ambiente áspero do entorno, onde a natureza e a artificialidade coexistem.
A estrutura é de aço, mas a parede externa é feita de concreto armado com uma armadura que deve suportar o peso do revestimento. A forma alcançou uma aparência incerta de vários pavimentos e permitiu misturar naturalmente objetos além da escala arquitetônica normal.
O interior apresenta um ambiente que beira o caos, expondo peças da arte contemporânea, da cultura periférica representada pelos animes, espaços em branco e preto e exposições reais e falsas. O projeto, porém, integra os espaços em um só, ao ajustar as combinações de materiais como a madeira de cedro, cipreste e uma malha de aço inoxidável. A planta desse grande espaço denominado "Edit Town", é uma fusão de um museu com uma biblioteca, com uma galeria no centro e uma biblioteca e um museu no exterior.
Seis paredes com ângulos diferentes foram dispostas para separar o museu da biblioteca e aberturas foram feitas livremente para dar visibilidade a cada um dos programas. Na passagem principal, a "Rua dos Livros", prateleiras de livros feitas de madeira de cedro ramificam-se em nove partes, para formar uma rede que se assemelha à estrutura de um cérebro humano.
Para as prateleiras foi projetada uma unidade que combina três tipos de prateleiras com diferentes profundidades, para que os livros possam ser empilhados horizontalmente e objetos possam ser exibidos em suas costas. Uma rua caótica com um ritmo aleatório e um comprimento de 85 metros é o resultado da combinação de 44 unidades de prateleiras, com 6 padrões de repetição diferentes, usando unidades de 1,8 por 2,4 metros.
Ao contrário da "Rua dos Livros", a estante do "Teatro em Prateleiras" tem a mesma profundidade das estantes, mas ao alterar o comprimento da madeira de cedro verticalmente, ela se torna um penhasco de estantes. As unidades dessa estante dinâmica podem ser vistas acima da altura do teto de 8 m, e são dispersas e expandidas para a cobertura, e, ao conectar vários programas no andar superior, cria um labirinto de unidades.